Me Formei e Agora?

Uma das decisões mais importantes de nossas vidas é tomada em uma fase onde a incerteza reina em nossas mentes. Quando o jovem escolhe sua primeira graduação cria-se uma expectativa de futuro, naquele momento está sendo colocada a pedra fundamental de seu alicerce profissional que irá sustenta-lo durante todo o tempo de duração de sua carreira. Durante nosso processo de formação vamos construindo os caminhos e as estradas que iremos percorrer, tudo isso claro com grande influência de nossa personalidade, de nossas crenças e dos valores já adquiridos em nossa experiência empírica tendo como adicional o que acabamos adquirindo em nossa vida acadêmica.

Uma ferramenta para “testar” qual caminho seguir são os chamados estágios remunerados, neles temos contato com a realidade profissional de cada setor e assim podemos ter uma base suficiente para decidir qual de fato é nossa vocação dentro da formação que escolhemos inicialmente.

Para os já veteranos que sentem não ter afinidade com a área escolhida a solução é renovar-se e recomeçar sem medo de pré-julgamentos ou das consequências que isso pode acarretar, para isso no entanto, é preciso fazer concessões que envolvem até mesmo os rendimentos financeiros, no entanto, não desanimem, por mais complicado que seja o início a chance de obtenção de um sucesso maior fazendo o que se gosta é muito grande.

É possível complementar ou até mesmo fazer alguns desvios em nossa trajetória profissional através de nossa formação contínua. Por exemplo, uma pessoa que fez Administração e tem tendências ao trabalho em causas que envolvam o meio ambiente pode direcionar seu próximo passo realizando uma pós graduação em gestão ambiental. Um psicólogo com perfil de liderança e aptidão a negócios tende a ser um ótimo gestor de recursos humanos, podendo complementar sua formação com um curso voltado a administração estratégica de pessoas. Um pedagogo que deseja sair do setor educacional tradicional será muito bem visto em empresas que prestam serviços de treinamento e desenvolvimento de pessoal.

Esses exemplos são apenas alguns no meio de diversas combinações possíveis. A mensagem que quero passar com esse texto é de que ninguém deve se acorrentar a algo que não gosta, afinal, muitas vezes o trabalho é onde passamos a maior parte do nosso dia e se não sentimos uma sensação de realização no exercício de nossas profissões a chance de levarmos nossa insatisfação para fora do setor profissional são imensas. Hoje vivemos um momento de alta rotatividade entre os jovens nas empresas justamente por conta disso, o desejo pela auto realização cujo qual  não estão alcançando no exercício de profissões tradicionais é mais forte do que muitos benefícios oferecidos pela estabilidade no mercado. Sendo assim o novo lema é reinventar-se sempre que possível e preciso.