Na quarta feira de cinzas inicia-se o período denominado quaresma, período esse que para todos os integrantes da igreja católica significa reflexão, recolhimento, jejum, enfim um momento para que todos possam adentrar em si para exteriorizar questões mundanas e espirituais que afloram em seu subconsciente.
Nessa mesma data iniciou-se também a campanha da fraternidade, campanha realizada pela CNBB para levantar debates sobre assuntos polêmicos e políticos.Assuntos que em sua maioria estão em destaque nas grandes mídias no momento do lançamento ou pouco tempo antes.Seus livros são dotados de “orações “ e nessa época acabam substituindo em alguns grupos de oração a tradicional recitação do terço.As discussões levantadas por pessoas sem nenhum preparo para discuti-las acaba levando ninguém a lugar algum.São vazias de conteúdo e de prática.Fala-se muito e faz-se pouco.
Falo com propriedade sobre o assunto pois desde pequeno acompanho sempre que possível alguns grupos e são raras as vezes em que abertas as discussões o silencio não impera até ser vencido pelo coordenador dele que mesmo sem preparo nenhum tenta arranhar algumas palavras para assim cumprir a ordem maior que está no livro, afinal o livro mandou discutir.Seria excelente se alem do material entregue existisse de fato uma pré formação para as pessoas poderem levar não só o conhecimento a seus grupos mas também saber se colocar perante as perguntas que vão surgindo através das colocações dos fiéis.
Em uma campanha passada sobre meio ambiente um dos coordenadores do grupo de oração local nem sequer sabia colocar para seus colegas o significado da palavra ecossistema.O mesmo teria condições de iniciar algum debate sobre o assunto ?
Todo mundo sabe que a saúde publica não é nenhuma maravilha e um detalhe talvez passe batido nessa campanha, ela questiona a terceirização de alguns hospitais que são entregues a entidades filantrópicas. Hospitais esses que na maioria das vezes são excelentes em atendimento.A pratica da terceirização é uma marca do neoliberalismo sim. Já que o estado não tem competência para administrar então entrega o serviço a terceiros.Já a pratica da estatização...
Entregar um hospital a uma entidade competente não é uma diminuição de soberania mas sim um sinal de sensatez já que muitas vezes o amparo do emprego publico causa a comodidade e sendo um ramo critico e de suma importância para a sociedade o que não pode haver é a comodidade.
No fundo o que encobre muitas campanhas é a ideologia política e partidária e é com enorme tristeza que afirmo, essa campanha assim como todas as outras não vai levar ninguém a lugar nenhum e muito menos dar algum tipo de resultado pratico a nação, só será mais uma ferramenta para enfiar guela a baixo dos indivíduos que freqüentam os terços, missas e celebrações uma ideologia qualquer dando assim a sensação de que se fez algum protesto e que a efetividade do mesmo ira gerar algum movimento do governo para mudar tal fato.
A resposta para o descontentamento não se resume a campanhas apáticas mas sim com o voto dado ou jogado no lixo a cada 4 anos e a cobrança efetiva de seu representante que 70% nem lembra quem é .ACORDA BRASIL